Uma das grandes novidades
apontadas pelo Hospital, que mais contribuíram para os dados acima mencionados,
foi a implantação da abordagem multidisciplinar na assistência aos pacientes.
Nessa perspectiva, mais recentemente, o Hospital do Câncer passou
a contar com a participação do grupo Doutores da Alegria, acreditando na tese
de que a utilização do humor é um recurso fundamental para auxiliar nos
tratamentos de canceres infantis.
Os Doutores da
Alegria são atores profissionais especializados em técnicas circenses que
receberam orientações médicas para trabalharem com crianças e jovens
hospitalizados. Realizam visitas "médicas" nos próprios leitos dos
hospitais, onde fazem brincadeiras, como transplantes de narizes vermelhos,
transfusões de milk-shake, mímicas, e outras atividades, visando melhorar o
ânimo e o estado de humor dos pacientes internados.
Praticamente
qualquer criança pode ser visitada pelos Doutores, a menos que exista alguma
restrição médica, e como o trabalho é regular, ou seja, as intervenções são
feitas nos mesmos hospitais, em dias específicos da semana, cria-se um vínculo
sólido de confiança. Ainda que não sejam psicólogos, os Doutores da Alegria
realizam trabalhos com essas características. Como as crianças gostam e se divertem
com esses doutores, depois o trabalho dos médicos do hospital fica facilitado,
pois se criou um vínculo positivo com a figura do médico e do próprio hospital.
Hoje em dia, é
evidente a necessidade de se restituir a alegria dos pacientes, em função da
melhoria de seus estados de saúde e de seus tratamentos, possibilitando
atitudes mais positivas em relação à doença e a recuperação.
Segundo a psicóloga
Morgana Massetti, "questões como as do efeito da alegria, do humor e do
riso em nossas vidas, nos recolocam diante de um mistério, de uma condição de
humildade com relação ao quanto devemos caminhar"
A psicóloga, que
desenvolveu a pesquisa de avaliação do trabalho dos Doutores da Alegria entre
as crianças atendidas, seus pais e profissionais de saúde dos Hospitais onde os
Doutores atuam, ao citar os acontecimentos da Oitava Conferência da Sociedade
Internacional de Estudos do Humor, relata: "a multidisciplinaridade foi
confirmada nas apresentações: o humor foi analisado como possibilidade de compreensão
de fenômenos médicos, psicológicos, culturais, religiosos, literários. Falou-se
muito das pesquisas que existem. Ofra Nevo, do Departamento de Psicologia da
Universidade de Haifa - Israel, apresentou um levantamento das pesquisas
realizadas nos últimos 20 anos no mundo a partir do caso de Norman Cousins, que
se recuperou de uma doença usando o humor como recurso terapêutico".
Ainda citando os
dados da Conferência, Morgana completa: "Ofra encontrou 17 estudos com
1882 participantes. A maior parte dos estudos (11) avaliam a relação entre
humor e sistema imunodepressivo. 6 estudos avaliam tolerância à dor. Existem
pontos que, segundo Ofra, precisam ser revistos nos estudos: 89% dos
participantes eram saudáveis, a maior parte dos estudos utiliza vídeos, somente
um permite que o sujeito escolha as suas preferências humorísticas, poucos
estudos consideram as outras variáveis presentes além do humor".
Fote: Site UOL
Postado por Cesar Eduardo Amaral
Postado por Cesar Eduardo Amaral
Trabalho louvável e lindo! De ser humano para ser humano...
ResponderExcluirGostaria de saber se eu e meus catequizandos poderíamos acompanhar vcs um dia.
ResponderExcluirObrigada.